sábado, 2 de junho de 2018

Paulistano conquista o NBB

Paulistano vence no Hugão, fecha série contra Mogi e fatura título inédito do NBB (Novo Basquete Brasil).

Jogando no ginásio adversário lotado, time do técnico Gustavo De Conti ganha o jogo 4 por 82 a 76, liquida série melhor de cinco em 3 a 1 e é campeão nacional depois de bater duas vezes na trave. 
Título em boas mãos. (Foto: Globoesporte.globo.com)
O Paulistano já havia batido na trave duas vezes, mas de 2018 não passou. 

Depois de chegar muito perto do título do NBB e terminar com o vice em duas ocasiões, inclusive no ano passado, desta vez o time comandado pelo técnico Gustavo De Conti não deixou o caneco escapar e se sagrou campeão do principal torneio do país ao vencer o Mogi das Cruzes por 82 a 76, na tarde deste sábado (2), em um ginásio Professor Hugo Ramos completamente lotado. 

Com isso, o Paulistano fechou a série melhor de cinco jogos em 3 a 1.

A primeira tentativa do Paulistano de ser campeão do NBB havia sido em 2014, quando perdeu a decisão em jogo único para o Flamengo. 

No ano passado, o baque foi ainda mais forte: o time da capital paulista chegou a abrir 2 a 0 na série melhor de cinco contra o Bauru, mas sofreu a virada e acabou em segundo novamente.

Neste ano, porém, o roteiro foi diferente. 

O Paulistano abriu 2 a 1 na série contra o Mogi e teve o primeiro "match point" neste sábado (2), na casa do adversário. 

No jogo 4, a equipe alvirrubra se manteve à frente no placar na maior parte do tempo. 

No último quarto, o experiente time do Mogi reagiu e chegou a ficar apenas dois pontos atrás. 

Porém, o Paulistano conseguiu se manter em vantagem, venceu a partida e conquistou o troféu inédito em sua história.

Apesar da derrota, o cestinha do jogo 4 foi o ala Jimmy, do Mogi, que teve grande atuação e anotou 28 pontos, insuficientes para evitar o revés. 

Pelo lado do Paulistano, o protagonismo coube aos jovens Yago, com 21 pontos, e Lucas Dias, que fez 20. 

O pivô Guilherme Hubner, eleito MVP das finais, terminou a partida com 13 pontos e sete rebotes.

O resultado coroa uma grande temporada do Paulistano, que já havia sido campeão paulista em novembro do ano passado. 

O time de Gustavinho ainda fez campanha histórica na temporada regular do NBB, quando chegou a ficar invicto por 22 jogos em sequência.

O jogo: Empurrado por cerca de cinco mil vozes que lotaram o Hugo Ramos, o Mogi começou muito bem e abriu 10 a 0 logo de cara. 

Já o Paulistano, conhecido pelo grande poder de fogo no ataque, tinha dificuldades para furar o bloqueio adversário e só pontuou pela primeira vez depois de quase três minutos.

Mas a grande vantagem dos mogianos no placar não durou muito. 

Com oito pontos seguidos, o time da capital reagiu e cortou a diferença para apenas dois. 

Então, o equilíbrio passou a ditar o ritmo do jogo. 

Se os donos da casa contavam com grande atuação de Shamell, autor de 12 pontos no primeiro quarto, Yago e Hubner saíram do banco de reservas, somaram 16 pontos e ajudaram o Paulistano a passar na frente. 

Porém, com mais dois pontos de Shamell, o Mogi deixou tudo igual: 23 a 23.

O Paulistano voltou para o segundo quarto com a mão muito calibrada nos arremessos de três pontos, uma de suas maiores qualidades, e assumiu a dianteira do jogo. 

O time da capital converteu as quatro bolas de três que tentou nos três primeiros minutos, abriu 35 a 31, e Guerrinha pediu tempo. 

Na volta, porém, a equipe do técnico Gustavo De Conti converteu mais dois arremessos de fora, e o treinador do Mogi parou o jogo segundos depois.

Nesse cenário, a vantagem do Paulistano chegou a ser de 11 pontos, mas o Mogi respondeu, principalmente com Jimmy. Inspirado, o ala comandava as ações ofensivas da equipe da casa e foi fundamental para a diferença cair para apenas dois pontos. 

Apesar disso, o Paulistano continuou muito bem nos arremessos de três (foram oito convertidos no período), voltou a ter o controle da partida e foi para o intervalo ganhando por 54 a 47.

No início do segundo tempo, o Paulistano conseguiu manter uma boa diferença no placar. 

Com o jogo mais tenso, as duas equipes tinham um desempenho bem abaixo no ataque em relação ao primeiro tempo, principalmente nas bolas de três. 

Ainda assim, o time visitante conseguiu fazer 6 a 2 na parcial após cinco minutos jogados, e a diferença subiu para 11 pontos (60 a 49), o que fez Guerrinha pedir tempo.

Apesar da parada, o Paulistano continuou na frente por uma boa margem, graças principalmente à boa atuação de Yago. 

O jovem armador de 19 anos chamou a responsabilidade e anotou nove dos 13 pontos da equipe no período. 

O Mogi até tentava, mas não conseguia encostar. 

Com isso, o time de Gustavo De Conti entrou para o último quarto vencendo por 67 a 58.

Só que, por mais que o jogo estivesse difícil, o Mogi não se entregou facilmente. 

Na volta para o último quarto, a equipe do técnico Guerrinha esboçou uma reação e cortou a diferença para apenas cinco pontos, após uma cesta de três de Filipin (72 a 67). 

Dessa forma, Gustavinho pediu tempo para tentar acalmar o Paulistano e frear o ímpeto do adversário.

A torcida do Mogi entrou de vez no jogo com uma bola de três de Larry Taylor. 

A desvantagem caiu para dois pontos, e a partida ficou completamente em aberto. 

O duelo, então, ganhou muito em tensão. 

O Paulistano tentava abrir no placar novamente, mas tinha dificuldade para converter seus ataques em pontos.

Restando 1:04 para o fim, o time da capital tinha a vantagem de três pontos: 78 a 75.

 O Mogi tentou de todas as formas converter uma cesta de três. 

Larry Taylor tentou duas vezes, mas as duas bolas deram aro. 

Então, o Paulistano voltou a ter a posse e, restando 26 segundos, converteu uma cesta de dois pontos com Deryk, o que colocou a diferença em cinco pontos (80 a 75) e praticamente definiu a partida. 

Na sequência, o Mogi ainda converteu um lance livre, mas desperdiçou seus ataques seguintes. 

O Paulistano ainda converteu dois lances livres com Lucas Dias para conquistar a vitória por 82 a 76 e o título inédito em sua história.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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