Um campeonato marcado pelas reviravoltas teve um desfecho à altura.
De forma heroica, o Bauru faturou neste sábado (17) o título da nona edição do Novo Basquete Brasil (NBB).
Após sair perdendo a série decisiva por 2 a 0, os bauruenses iniciaram a virada, fechada com uma vitória incontestável por 92 a 73 diante do Paulistano, em duelo disputado no ginásio Gigantão, em Araraquara, no interior paulista.
Este foi o segundo título nacional da cidade no basquete, que foi campeã no Brasileiro na fase CBB em 2002.
- Feliz demais pelo momento.
O time se superou.
Bauru venceu o quinto jogo e conquistou o NBB. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Veio de 2 a 0 contra, buscou e só venceu hoje porque a defesa foi guerreira, marcou muito.
E quando teve a bola na mão, o time teve uma porcentagem absurda.
Tivemos perdas de jogadores, estávamos desacreditados, mas corremos atrás e jogamos muita bola, comemorou o veterano Alex.
O técnico Gustavinho, do Paulistano, elogiou a luta do time para chegar até a final.
- Na temporada a gente atingiu muitos objetivos.
Não fomos campeões, no início da temporada nem tínhamos isso como objetivo, mas superamos dificuldades fazendo com que esses meninos desenvolvessem outras coisas do jogo, avaliou.
Para chegar até o título, o Bauru precisou passar pelo Macaé nas oitavas de final (3 a 0), Brasília nas quartas (3 a 1) e Pinheiros.
O título coroa uma grande fase da equipe que começou ainda sob o comando do técnico Guerrinha, campeã do Paulista, Liga Sul-americana, da Liga das Américas e vice do Intercontinental.
Não menos merecedor pela ótima campanha e revelação de jovens como Yago, e ajudar no desenvolvimento de Lucas Dias e Georginho, o Paulistano fica com o vice-campeonato pela segunda vez.
Novamente baseada em sua defesa, a equipe do interior foi ligeiramente superior no primeiro tempo. O cestinha e MVP da final foi Alex, com 24 pontos.
Novamente o que decidiu o jogo foi o terceiro período muito superior dos bauruenses.
O primeiro minuto foi de jogadas rápidas. Jefferson acertou de três pontos para Bauru, enquanto Hure só devolveu a cesta após muita insistência do Paulistano.
Os visitantes, aliás, se mostraram mais eficientes nos rebotes de ataque, com a entrada de Eddy ao time titular.
No ataque, os bauruenses souberam trabalhar, estavam bem no perímetro e alternando jogadas de garrafão, como no pick and roll entre Gegê e Shilton.
Usando muito o pivô Renato, o time de São Paulo equilibrou o duelo, que ficou em três pontos no estouro do relógio: 19 a 16.
As defesas melhoraram no segundo período, mas os rebotes de ataque seguiram fazendo a diferença para a equipe vermelha.
Com as mudanças entradas de Valtinho e Gui a equipe do interior abriu mais o jogo no perímetro, porém sem conseguir abrir distância.
Quando voltou a jogar por dentro, Shilton foi bem, mas, com uma linda bola de longe,
Eddy obrigou Demetrius a parar o jogo.
O ala do Paulistano empatou o duelo a dois minutos do intervalo com uma liberdade incomum para uma decisão de título.
Melhor no momento, o Paulistano viu o Bauru voltar a liderar após uma jogada de cinco pontos. Jefferson acertou um chute de três, e Shilton sofreu falta embaixo.
No lance livre, o pivô aumentou a conta para o Dragão. Hubner até descontou, mas Bauru foi ao intervalo à frente no chute de Gegê: 44 a 37.
Temido por decidir três dos quatro jogos da série final, o terceiro período começou na mão do Paulistano.
Em dois ataques de Renato, a diferença caiu para três pontos.
O pivô foi o nome do Paulistano, enquanto Alex tratou de incendiar o ginásio com um chute de fora, sem marcação.
O Brabo chamou a responsabilidade e puxou o Bauru no período, evitando uma reação do perigoso Paulistano.
Mais para o fim, a equipe da casa chegou a abrir 14 pontos de vantagem, levando o ginásio à loucura: 67 a 53.
Com o relógio como inimigo, o Paulistano passou a acelerar o jogo na intenção de reduzir a gordura do Bauru.
Mas o grito de campeão preso na garganta dos bauruenses após dois vices para o Flamengo começou a surgir a pouco mais de cinco minutos para o fim, com um domínio claro dentro de quadra.
Gigante no campeonato, o Paulistano sentiu o golpe e viu a diferença chegar a 21 pontos.
Com sangue frio e toda a experiência do grupo, o Bauru aumenta sua prateleira com o troféu do NBB.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina
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