E La Bombonera não foi um caldeirão com nos outros jogos.
O Boca era considerado favorito para avançar a grande final.
Parecia até uma vitória fácil do time argentino.
O Boca pressionou, Fabra recuperou a bola no ataque e cruzou para Pavón que apareceu livre na segunda trave e, de carrinho, abriu o placar para o time xeneize.
Boca 1 a 0, aos 3 minutos do primeiro tempo.
Com este resultado já era suficiente para a classificação.
Aos 24 minutos do primeiro tempo, Sornoza recebeu pelo lado esquerdo e chutou para defesa de Orión.
Na cobrança do escanteio, a bola sobrou para o zagueiro Luis Caicedo no meio da grande área.
Que colocou no ângulo, sem chance para o goleiro.
Foi o empate do Independiente del Valle.
Enquanto o Boca criava algumas jogadas, e o Del Valle saia nos contra-ataques.
No início do segundo tempo, o time equatoriano virou o jogo.
Sornoza fez um passe para Cabezas no lado esquerdo.
O atacante subiu na velocidade, invadiu a área e finalizou dividindo com o marcador do Boca.
A bola entrou no fundo do gol de Orión.
Independiente 2 a 1, aos 4 minutos do segundo tempo.
Aos 5 minutos do segundo tempo, Sornoza fez um lançamento do campo de defesa.
O goleiro Orión saiu errado da área e tentou o toque para o companheiro, mas o passe ficou no meio do caminho para Julio Angulo, que conseguiu dar um toquinho e marcar o terceiro gol dos equatorianos.
Del Valle 3 a 1.
O Boca estava muito perdido em campo, e deixava espaço para os contra-ataques do Independiente.
Mas, o Boca poderia ter diminuído o placar.
Lodeiro chutou forte da entrada da área.
Mina pulou com os braços abertos, e o árbitro marcou o pênalti.
Aos 25 minutos do segundo tempo, Lodeiro cobrou mal demais, no canto direito do goleiro Azcona, que caiu para ficar com a bola, sem dar rebote.
O Boca perdeu um gol a cada ataque.
Aos 46 minutos do segundo tempo, Pavón fez jogada individual pelo lado direito, levou para o meio e bateu no canto esquerdo de Azcona, que pulou, mas não conseguiu evitar o segundo do artilheiro no jogo.
A história sendo escrita entre colombianos e equatorianos. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Final, Boca Juniors (Argentina) eliminado 2 Independiente del Valle (Equador) classificado 3.
A história agora é entre Independiente del Valle e Atlético Nacional.
Na próxima quarta-feira (20), os equatorianos recebem os colombianos no Olímpico Atahualpa.
No dia 27, é a vez do time de melhor campanha da fase de grupos decidir em casa.
O momento do futebol sul-americano é distinto, não só entre as seleções nacionais, mas também nos clubes.
A final entre Del Valle e Atlético Nacional encerra uma hegemonia.
Desde 1991, não temos uma decisão sem representantes brasileiros ou argentinos.
Naquela ocasião, Colo Colo (Chile) e Olímpia (Paraguai) decidiram a competição com vitória chilena.
Neste século, apenas três clubes de fora dos dois países conquistaram a Copa Libertadores.
O Olímpia (Paraguai), em 2002, venceu o São Caetano na final.
Em 2004, o Once Caldas (Colômbia) venceu o Boca Juniors (Argentina) na final.
E por fim, a Liga Deportiva Universitária de Quito (Equador) venceu o Fluminense na final, nos pênaltis.
Na história será a primeira final entre equatorianos e colombianos.
Apenas em seis oportunidades, neste ano de 2016 será a sétima, final do torneio que não terá clubes nem de Argentina nem de Brasil.
Em 1960, na primeira edição, o Peñarol (Uruguai) foi campeão em cima do Olimpia (Paraguai).
Em 1982, o Peñarol (Uruguai), novamente, foi campeão em cima do Cobreloa (Chile).
Em 1987, novamente o Peñarol-URU conquistou o torneio em cima do América de Cali-COL.
Já em 1989, o Atlético Nacional (Colômbia), finalista deste ano, conquistou sua única Libertadores em cima do Olimpia (Paraguai).
No ano de 1990, o Olímpia(Paraguai) foi campeão em cima do Barcelona de Guayaquil (Equador) e, por fim, em 1991, o Colo-Colo (Chile) venceu o Olímpia (Paraguai) na decisão.
Reportagem: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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