sexta-feira, 15 de julho de 2016

Queda em La Bombonera

E La Bombonera não foi um caldeirão com nos outros jogos.

O Boca era considerado favorito para avançar a grande final.

Parecia até uma vitória fácil do time argentino.

O Boca pressionou, Fabra recuperou a bola no ataque e cruzou para Pavón que apareceu livre na segunda trave e, de carrinho, abriu o placar para o time xeneize.

Boca 1 a 0, aos 3 minutos do primeiro tempo.

Com este resultado já era suficiente para a classificação.

Aos 24 minutos do primeiro tempo, Sornoza recebeu pelo lado esquerdo e chutou para defesa de Orión. 

Na cobrança do escanteio, a bola sobrou para o zagueiro Luis Caicedo no meio da grande área. 

Que colocou no ângulo, sem chance para o goleiro.

Foi o empate do Independiente del Valle.

Enquanto o Boca criava algumas jogadas, e o Del Valle saia nos contra-ataques.

No início do segundo tempo, o time equatoriano virou o jogo.

Sornoza fez um passe para Cabezas no lado esquerdo.

O atacante subiu na velocidade, invadiu a área e finalizou dividindo com o marcador do Boca. 

A bola entrou no fundo do gol de Orión.

Independiente 2 a 1, aos 4 minutos do segundo tempo.

Aos 5 minutos do segundo tempo, Sornoza fez um lançamento do campo de defesa. 

O goleiro Orión saiu errado da área e tentou o toque para o companheiro, mas o passe ficou no meio do caminho para Julio Angulo, que conseguiu dar um toquinho e marcar o terceiro gol dos equatorianos.

Del Valle 3 a 1.

O Boca estava muito perdido em campo, e deixava espaço para os contra-ataques do Independiente.

Mas, o Boca poderia ter diminuído o placar.

Lodeiro chutou forte da entrada da área. 

Mina pulou com os braços abertos, e o árbitro marcou o pênalti.  

Aos 25 minutos do segundo tempo, Lodeiro cobrou mal demais, no canto direito do goleiro Azcona, que caiu para ficar com a bola, sem dar rebote.

O Boca perdeu um gol a cada ataque.

Aos 46 minutos do segundo tempo, Pavón fez jogada individual pelo lado direito, levou para o meio e bateu no canto esquerdo de Azcona, que pulou, mas não conseguiu evitar o segundo do artilheiro no jogo.
A história sendo escrita entre colombianos e equatorianos. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Final, Boca Juniors (Argentina) eliminado 2 Independiente del Valle (Equador) classificado 3.

A história agora é entre Independiente del Valle e Atlético Nacional. 

Na próxima quarta-feira (20), os equatorianos recebem os colombianos no Olímpico Atahualpa. 

No dia 27, é a vez do time de melhor campanha da fase de grupos decidir em casa.

O momento do futebol sul-americano é distinto, não só entre as seleções nacionais, mas também nos clubes. 

A final entre Del Valle e Atlético Nacional encerra uma hegemonia. 

Desde 1991, não temos uma decisão sem representantes brasileiros ou argentinos.   

Naquela ocasião, Colo Colo (Chile) e Olímpia (Paraguai) decidiram a competição com vitória chilena.

Neste século, apenas três clubes de fora dos dois países conquistaram a Copa Libertadores. 

O Olímpia (Paraguai), em 2002, venceu o São Caetano na final. 

Em 2004, o Once Caldas (Colômbia) venceu o Boca Juniors (Argentina) na final. 

E por fim, a Liga Deportiva Universitária de Quito (Equador) venceu o Fluminense na final, nos pênaltis.

Na história será a primeira final entre equatorianos e colombianos. 

Apenas em seis oportunidades, neste ano de 2016 será a sétima, final do torneio que não terá clubes nem de Argentina nem de Brasil.

Em 1960, na primeira edição, o Peñarol (Uruguai) foi campeão em cima do Olimpia (Paraguai).

Em 1982, o Peñarol (Uruguai), novamente, foi campeão em cima do Cobreloa (Chile). 

Em 1987, novamente o Peñarol-URU conquistou o torneio em cima do América de Cali-COL. 

Já em 1989, o Atlético Nacional (Colômbia), finalista deste ano, conquistou sua única Libertadores em cima do Olimpia (Paraguai). 

No ano de 1990, o Olímpia(Paraguai) foi campeão em cima do Barcelona de Guayaquil (Equador) e, por fim, em 1991, o Colo-Colo (Chile) venceu o Olímpia (Paraguai) na decisão.

Reportagem: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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