Hamilton pensou em abandonar Mercedes após Grande Prêmio de São Paulo: “Não queria voltar”.
Heptacampeão apresentou fraco desempenho durante todo o final de semana em Interlagos.
Piloto vai deixar a equipe rumo à Ferrari a partir de 2025.
Com apenas mais 3 corridas para o fim da temporada, a parceria entre Lewis Hamilton e Mercedes está com os dias contados.
Mas, se dependesse apenas do britânico, ele não voltaria a pilotar pela escuderia devido à falta de competitividade da equipe no momento.
Já em Las Vegas para a corrida deste final de semana, o heptacampeão admitiu que pensou em desistir depois do desempenho apresentado no Grande Prêmio de São Paulo.
Na etapa brasileira, o britânico conseguiu apenas um discreto décimo lugar na corrida principal e nem mesmo pontuou durante a sprint.
Aliás, o único momento de destaque de Lewis em Interlagos foi a oportunidade de guiar a McLaren MP4/5B de Ayrton Senna, como o próprio piloto afirmou.
Por isso, o heptacampeão não escondeu a decepção com a má fase e assumiu que considerou não fazer as últimas corridas pela equipe alemã.
"No momento, foi assim que me senti, eu realmente não queria voltar depois daquele fim de semana. No calor do momento, claro, eu preferia estar na praia, relaxando. Mas estou aqui, eu amo esse trabalho e vou dar o meu melhor. Mas acho que é natural. É frustrante ter uma temporada como essa, e estou certo que não terei novamente, ou pelo menos vou trabalhar para não ter novamente", afirmou o piloto britânico.
Em fevereiro, Hamilton comunicou sua saída da Mercedes ao final do ano e que vai defender a Ferrari a partir de 2025.
Na equipe de Brackley desde 2013, o britânico conquistou 6 dos seus 7 títulos mundiais e 84 vitórias ao longo de 12 anos de parceria.
Apesar de ter encerrado um jejum de quase três anos e ter voltado a vencer nesta temporada nas corridas da Inglaterra e da Bélgica, o piloto não sabe o que é subir no pódio justamente desde a etapa de Spa-Francorchamps.
Mas, mesmo com o resultado amargo obtido no Brasil, Hamilton garante que teve tempo para absorver a decepção e voltar o foco para a disputa do Grande Prêmio de Las Vegas que acontece neste final de semana.
"Naturalmente, no momento eu não me senti bem com aquela última corrida [GP de São Paulo]. Mas tive uma ótima semana passada com muitos projetos incríveis em que estou trabalhando, incluindo o filme da Fórmula 1. Isso é o que torna essas coisas importantes para poder se recuperar de finais de semana como o do Brasil", explicou o heptacampeão.
Mesmo assim, a insatisfação de Hamilton ficou clara imediatamente logo após a chuvosa etapa em Interlagos em meio as muitas dificuldades com o W15.
Ainda no carro, o piloto teve uma conversa com seu engenheiro, Peter Bonnington, que serviu para criar dúvidas sobre a continuidade da parceria.
"Foi um fim de semana desastroso, pessoal. O carro nunca esteve tão ruim. Mas obrigado por continuarem tentando. Excelente trabalho do pessoal no pit stop. Se essa foi a última vez que pude competir, é uma pena que não tenha dado certo, mas sou grato a vocês", disse Hamilton logo após a bandeirada.
Acostumado a disputar sempre as primeiras colocações, o piloto vive uma realidade bem distinta desde 2022, quando a Fórmula 1 adotou o regulamento do efeito solo.
Na temporada atual, o britânico ocupa apenas a sétima colocação, com 190 pontos e está fora da briga pelo campeonato de pilotos e construtores.
Hamilton e Mercedes ainda têm pela frente mais três corridas juntos antes de encerrarem um dos casamentos mais longevos e vitoriosos da história da Fórmula 1.
Neste final de semana, a Fórmula 1 desembarca nas ruas de Las Vegas para a disputa da vigésima segunda etapa da temporada que pode selar o título a favor de Max Verstappen.
O piloto holandês vai ser campeão em caso de vitória, mas tem outros cenários favoráveis.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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