Veja a história e momentos marcantes do Furacão.
Fundado em março de 1924, Rubro-Negro celebra centenário nesta terça-feira (26).
O dia tão esperado pelo torcedor rubro-negro chegou.
O Athletico celebra nesta terça, 26 de março de 2024, 100 anos de história.
O Globo Esporte mergulha no centenário do clube para relembrar os principais feitos de cada período.
Onde tudo começou (1924 - 1933): O Athletico surge em 1924 após unificação de dois times: América e Internacional.
Após inúmeras discussões, os dois lados foram, aos poucos, aparando arestas.
No dia 26 de março, Arcésio Guimarães tomou posse como primeiro presidente da história.
Era o início da trajetória centenária do Club Athletico Paranaense.
Início promissor: O primeiro título veio na temporada seguinte.
Em doze jogos, foram oito vitórias, três empates e apenas uma derrota, com aproveitamento de 79%.
O Athletico de Tapyr, Harold e Marreco.
Lourival, Falcine e Nano, Ary, Marreco, Urbino, Maneco e Motta, superou o Savóia na final, por 3 a 1, e ficou com o troféu do Paranaense de 1925.
Ainda na primeira década, o clube voltou ao topo do futebol estadual entre 1929 e 1930, com a conquista do primeiro bicampeonato.
Em 1929, inclusive, o Rubro-Negro foi campeão de forma invicta.
Na temporada seguinte, superou o rival Coritiba na decisão.
Estreia a Majestade: O fim da primeira década do clube é marcado pela estreia de um dos maiores ídolos do centenário rubro-negro.
Alfredo Gottardi, o Caju, disputou em julho de 1933, aos 18 anos, o primeiro jogo com a camisa do Athletico.
Ao todo foram mais de 600 jogos oficiais, com seis títulos do Campeonato Paranaense (1934, 1936, 1940, 1943, 1945 e 1949).
1934 - 1943: Para coroar o início da trajetória de Caju, mais um título estadual para a conta.
Em 10 jogos, cinco vitórias, quatro empates e apenas uma derrota no Paranaense de 1934.
No período, o Athletico manteve o protagonismo com conquistas em 1936, 1940 e 1943.
Fora do campo, o clube começava a ampliar o estádio Joaquim Américo.
1944 - 1953: A terceira década começa de forma especial.
Com gol histórico de Xavier, o Athletico levou a melhor sobre o Coritiba e ficou com a taça em 1945.
Quatro anos depois… o Furacão.
O apelido surge por conta de uma campanha avassaladora em 1949.
Foram 11 vitórias em 12 partidas, com 49 gols marcados.
1954 - 1963: O título de 1949 entrou para a história por razões óbvias, mas também marcou o início de um incômodo jejum.
O Athletico só voltou a vencer o Campeonato Paranaense em 1958, após nove anos de fila.
Foi a única conquista estadual da década de 1950.
O Furacão venceu o Rio Branco-PR, em Paranaguá, por 4 a 3.
No ano seguinte, em 1959, o clube foi o representante do estado do Paraná na primeira edição da Taça Brasil.
Um novo jejum para derrubar (1964 - 1973): O início da década de 1960 foi de dificuldades.
Com problemas financeiros, o Athletico voltou a amargar jejum de títulos.
Em 1968, passou a se reestruturar com contratações de peso: Bellini e Djalma Santos, campeões mundiais pela Seleção Brasileira, reforçaram o Furacão.
No mesmo período, Sicupira e Nilson Borges, que viriam a entrar para a história rubro-negra, também chegaram ao clube.
O Athletico elevou o nível do time e fez boas campanhas.
Em 1970, após 12 anos de fila, o Furacão venceu o Seleto fora de casa e ficou com a taça.
Sicupira foi o artilheiro, e Djalma Santos conquistava o último título da carreira.
O brilho do Casal 20 (1974 - 1983): Depois do título de 70, o Athletico viu o rival Coritiba empilhar títulos.
O Furacão voltou ao topo em 82, com o brilho do Casal 20, Washington e Assis.
No ano seguinte, bicampeonato estadual e campanha de destaque no Brasileiro.
Antes disso, outro fato que também marca a década é o feito de Ziquita, herói improvável em um empate por 4 a 4 contra o Colorado.
O time rival vencia por 4 a 0, mas Ziquita brilhou na reta final e marcou quatro gols em menos de 30 minutos.
Campeão na despedida da antiga Baixada (1984 - 1993):
O Athletico foi o campeão de 1985 superando o Londrina na final.
Mais de 20 mil torcedores marcaram presença no estádio Joaquim Américo para celebrar a conquista, a última da antiga Baixada.
Novamente campeão estadual em 1988, o clube acabou rebaixado pela primeira vez para do Campeonato Brasileiro da Série B no ano seguinte.
Em 1990, contra o Sport, disputou o título da Segundona, mas acabou superado.
No Paranaense, colocou mais um troféu na galeria.
De volta para casa (1994 - 2003): Com o fim das obras de reconstrução da Baixada, o Athletico voltou a mandar jogos dentro de casa em 1994 após 9 anos.
O dia 22 de maio de 1994 marca a reinauguração do estádio.
O Furacão recebeu o Flamengo e venceu por 1 a 0, gol marcado por Ricardo Blumenau.
No ano seguinte, o clube conquistou o primeiro título nacional (segunda divisão) e confirmou o retorno para a elite do futebol brasileiro.
Nova era: Fora dos gramados, Mario Celso Petraglia começava a escrever sua história como dirigente do Furacão.
Em dezembro de 1997, o Athletico iniciou a construção da Arena da Baixada.
A demolição da antiga Baixada começou no dia 24 de fevereiro do mesmo ano.
O estádio foi inaugurado no dia 24 de junho de 1999, com vitória por 2 a 1 sobre o Cerro Porteño, do Paraguai.
O primeiro gol foi marcado pelo atacante Lucas.
No mesmo ano, o Furacão conquistou o título da Seletiva da Libertadores.
No ano anterior, em 1998, após oito temporadas de fila de títulos estaduais, o Athletico superou o Coritiba e ficou com a taça do Paranaense.
A nova casa passou a simbolizar um novo momento.
Em 2000, o Athletico conquistou o primeiro título da arena.
Após dois empates contra o Coritiba, a torcida fez a festa na Baixada.
No ano seguinte, mais uma conquista estadual e o Campeonato Brasileiro, o primeiro grande título da história rubro-negra.
O time comandado por Geninho, de Alex Mineiro, Kleberson e companhia, levou a melhor sobre o São Caetano e entrou para a eternidade.
No ano seguinte, o Athletico conquistou o tricampeonato estadual pela primeira vez após vitória sobre o Paraná Clube.
Bateu na trave (2004 - 2013): O sucesso não parou por aí.
O Furacão fez grande campanha no Campeonato Brasileiro de 2004 e liderou a competição em boa parte da disputa.
Na reta final, porém, acabou ultrapassado pelo Santos e perdeu o título.
O time contava com nomes como Fernandinho, Jadson e Dagoberto e é considerado um dos melhores da história do clube.
No ano seguinte, o Athletico disputou a primeira final continental de sua história.
Finalista da Taça Libertadores da América contra o São Paulo, o Rubro-Negro foi impedido de realizar o primeiro jogo da decisão dentro de casa por conta da capacidade mínima exigida pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).
A partida de ida, então, foi realizada no Beira-Rio, em Porto Alegre, e o segundo jogo no Morumbi, em São Paulo.
Os paulistas ficaram com o título após vitória por 4 a 0.
Volta por cima: Campeão estadual em 2009, o Athletico acabou rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2011.
Em 2013, já de volta à elite, foi vice-campeão da Copa do Brasil e fechou o Campeonato Brasileiro na terceira posição, garantindo mais uma participação em Taça Libertadores da América na temporada seguinte.
Uma arena de Copa para uma década de ouro (2014 - 2024): A última grande transformação da arena ocorreu entre 2011 e 2014, com ampliação e reforma para a Copa do Mundo.
Durante o Mundial, o estádio recebeu Irã 0 X 0 Nigéria, Honduras 1 X 2 Equador, Austrália 0 X 3 Espanha e Argélia 1 X 1 Rússia.
A reinauguração da nova arena aconteceu em maio de 2014, às vésperas do Mundial, em amistoso contra o Corinthians.
O primeiro gol foi marcado pelo atacante Marcelo Cirino, mas os paulistas viraram o jogo e venceram por 2 a 1.
Posteriormente, o clube também implantou o teto retrátil e o gramado sintético.
Atualmente, a capacidade da Ligga Arena é de 42 mil pessoas para jogos de futebol e 60 mil em eventos.
Dentro de campo, em 2016, o Athletico voltou a conquistar o título estadual.
Dois anos depois, sob o comando de Tiago Nunes, o torcedor rubro-negro celebrou mais uma conquista inédita.
Após jogo eletrizante, o Furacão levou a melhor sobre o Junior Barranquilla nas penalidades e ficou com a taça da Copa Sul-Americana.
No ano seguinte, ainda com Tiago Nunes, o Athletico conquistou a Copa do Brasil sobre o Internacional, em Porto Alegre.
Dois anos depois, em final única disputada no estádio Centenário, em Montevidéu, o Rubro-Negro superou o Red Bull Bragantino na decisão e garantiu o bicampeonato da Sul-Americana.
No recorte recente, o Athletico disputou finais de Recopa, Supercopa do Brasil e Taça Libertadores da América.
Em nível estadual, segue empilhando títulos.
Dos últimos seis campeonatos, quatro foram conquistados pelo Furacão (2018, 2019, 2020 e 2023).
O último de forma invicta, feito que não acontecia há 87 anos.
Estádio Mario Celso Petraglia: Justamente no centenário do clube, o Conselho Deliberativo aprovou em reunião extraordinária a mudança do nome oficial da Ligga Arena.
O estádio Joaquim Américo Guimarães passou a se chamar estádio Mario Celso Petraglia.
A aprovação foi por unanimidade.
Para realizar a mudança, os conselheiros votaram pela alteração do artigo 99 do estatuto, justamente o que aborda questões relacionadas à nomenclatura do estádio.
Petraglia é o símbolo de uma nova era. Com ele, o Athletico conquistou os títulos do Campeonato Brasileiro (2001), da Copa do Brasil (2019) e da Sul-Americana (2018 e 2021).
Em estrutura, construiu o moderno Centro de Treinamento do Caju e a Arena da Baixada, reformada duas vezes e, agora, o único estádio com teto retrátil na América Latina.
"O novo nome institucional homenageia quem acreditou em um sonho, reconstruiu o estádio duas vezes e colocou o nome do Athletico Paranaense em uma Copa do Mundo: Mario Celso Petraglia", escreveu o Athletico no site oficial.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário