Palmeiras bate Flamengo e leva o tri da Taça Libertadores da América.
Em jogaço no estádio Centenário, rivais dividem domínio no tempo normal, e Deyverson decide na prorrogação após falha de Andreas Pereira.
Verdão chega ao segundo título seguido.
De novo com emoção, de novo com um herói improvável, o alviverde continua imponente e dono da América.
O Palmeiras se tornou tricampeão da Taça Libertadores da América depois de vencer o Flamengo por 2 a 1 na tarde deste sábado (27), em Montevidéu, no Uruguai, e manteve o domínio continental com o segundo título seguido, já havia vencido a edição de 2020 em janeiro, contra o Santos, no Maracanã.
Se no início do ano foi Breno Lopes, desta vez foi Deyverson o responsável por decidir a favor do Verdão.
Na prorrogação, provocou falha de Andreas Pereira, avançou sozinho e fez o gol do título, Raphael Veiga e Gabriel marcaram no 1 a 1 do tempo normal.
Em um jogo praticamente impecável, o time de Abel Ferreira vai mais uma vez para o Mundial de Clubes, no início do ano que vem.
Mas, enquanto isso, é hora de comemorar mais uma vez: a América continua inteira pintada em tons de verde.
Com o título deste sábado (27), o Palmeiras iguala Grêmio, São Paulo e Santos como os maiores brasileiros campeões da Taça Libertadores da América, além dos dois últimos títulos, também levantou a taça em 1999.
Em janeiro, Breno Lopes. Em novembro, Deyverson.
Mais uma vez, um atacante reserva é lançado por Abel Ferreira nos minutos finais de uma Taça Libertadores da América... e ele decide.
Desta vez foi Deyverson, que usou a camisa 9 na competição e a honrou no momento mais importante: como um autêntico centroavante, pressionou Andreas Pereira numa saída de bola, roubou e finalizou na saída de Diego Alves para dar o segundo título continental seguido ao Verdão.
Baita prêmio para um jogador que até divide opiniões, mas entende muito bem a torcida palmeirense e, novamente, conseguiu alegrá-la da melhor maneira!
Afinal, foi dele também o gol do título brasileiro de 2018, em jogo contra o Vasco.
Vice-campeão da Taça Libertadores da América, o Flamengo deve terminar o ano sem títulos nacionais ou internacionais, há uma chance mínima de título brasileiro, quase nas mãos do Atlético-MG.
A derrota pode aumentar a pressão sobre o técnico Renato Gaúcho, que neste sábado (27) levou o que tinha de melhor a campo, apostando na experiência, mas demorou a colocar Pedro e Vitinho na prorrogação. Campeão em 2019, o Flamengo terá muito a debater no fim de 2021.
Só Gabriel teve algum motivo para alegria: terminou a Taça Libertadores da América como artilheiro, com 11 gols.
Os primeiros 45 minutos foram do jeito que o Palmeiras sonhava, e o Flamengo não queria.
O time de Abel Ferreira, como gosta de fazer, deixou a bola nos pés do adversário e preparou a armadilha para aproveitar os espaços deixados pelos laterais.
Logo aos 5 minutos do primeiro tempo, Gustavo Gómez fez lindo lançamento para Mayke, que deu passe para trás e viu Raphael Veiga entrar sozinho na área para finalizar e fazer o 1 a 0.
Depois disso, o Rubro-Negro tentou encontrar meios de furar a ótima marcação palmeirense e teve até arrancadas de David Luiz na esperança de abrir a defesa rival.
Apesar dos 63% de posse, a bola passou pouco pelos pés de Arrascaeta e Gabriel, principalmente, quando passou, criou-se a melhor chance do Flamengo, com cruzamento de Gabriel, desvio de Bruno Henrique e finalização de Arrascaeta para grande defesa de Weverton.
Bruno Henrique ainda teve outras tentativas, mas foi muito bem vigiado por Mayke (talvez o melhor em campo) e Gómez.
Defensivamente, um primeiro tempo quase perfeito do Palmeiras.
O Flamengo voltou melhor e teve duas chances com Gabigol logo de cara, na primeira ele foi travado por Danilo e Gómez, e na segunda não conseguiu completar desvio de Willian Arão após cobrança de escanteio.
O Palmeiras se manteve fiel ao que implantou desde o início, com uma linha de cinco defensores e deixando a bola com o Flamengo na intermediária.
O time de Abel conseguiu até dar sustos, como num chute de Rony fora da área que exigiu grande defesa do goleiro, mas o Rubro-Negro cresceu e passou a ser mais agudo. Novamente no ataque, David Luiz fez Weverton operar um quase milagre em chute cara a cara.
Pouco depois, Bruno Henrique subiu mais do que Gómez e cabeceou para fora em cobrança de escanteio.
A entrada de Michael na vaga de Éverton Ribeiro fez o jogo ficar ainda mais concentrado perto da área do Palmeiras, e, chance após chance, o Flamengo conseguiu o empate com Gabriel, que recebeu, se livrou de Mayke e chutou cruzado, no canto de Weverton, para marcar.
Com o Flamengo mandando nas ações a partir dali, Michael ainda teve a chance da vitória no tempo normal: recebeu lançamento de Arrascaeta, saiu de Piquerez, mas finalizou torto.
Kenedy entrou de um lado, e Deyverson do outro.
Num jogo equilibrado e cheio de estrelas, coube ao atacante do Palmeiras decidir logo aos 4 minutos do primeiro tempo da prorrogação: aproveitou falha de Andreas Pereira e finalizou na saída de Diego Alves, iniciando a festa da torcida alviverde, que era minoria no Uruguai.
Renato Gaúcho respondeu colocando, talvez tarde demais, Pedro e Vitinho no jogo.
Aí, já no desespero, o Fla apelou para a bola aérea, martelou, mas parou na zaga palmeirense.
Antes mesmo do apito final, nomes como Luiz Adriano e Jorge já comemoravam no banco.
E o título veio minutos depois.
Além da comemoração pelo terceiro título da Taça Libertadores da América, o Palmeiras leva uma premiação de US$ 15 milhões (cerca de R$ 84 milhões) pela conquista, este é o valor pago pela Conmebol ao campeão.
No total, somando as premiações de outras fases, o Verdão chega a US$ 22,5 milhões (cerca de R$ 126 milhões) em prêmios.
E ainda R$ 12 milhões extras da Crefisa, patrocinadora máster do clube.
Já o Flamengo leva US$ 6 milhões (R$ 33,6 milhões) pelo vice, totalizando uma premiação de US$ 13,5 milhões (cerca de R$ 76 milhões).
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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