Arquiteto de sistemas vai correr 3 vezes a São Silvestre no mesmo dia para completar uma maratona.
José Júnior fará o percurso três vezes na São Silvestre de 2020. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
José Júnior, que já dobrou a Maratona de Nova York e a de Chicago, vai largar às 4 da manhã do dia 31 de dezembro para fazer três vezes o percurso da São Silvestre e completar 42 km.
O Júnior ama correr.
Para lá...
Para cá...
Rapidinho...
Devagar...
É assim até o fim do dia.
E ele trabalha também.
É arquiteto de sistemas.
"Eu vejo tudo que um sistema precisa para falar com outro e tento deixar de maneira mais fácil para os programadores desenvolverem o código", explica.
Já deu para entender que José Júnior é diferente.
Mas o que o destaca dos outros apaixonados por corrida é que quando ele está sozinho trabalhando ele pensa em loucuras, e já fez várias.
"Eu já fiz 52 maratonas. Eu corri 21 ultras, corri 136 quilometros numa prova apenas com subida. Já corri 50 km na montanha no sábado e, depois, 42 no domingo, mais de 90 km em dois dias. Já dobrei duas maratonas e fui a primeira pessoa do mundo a dobrar a maratona de Nova York. Dobrei a de Chicago esse ano também e vou dobrar de Tóquio e a de Berlim no ano que vem", afirmas Júnior.
Dobrar, significa correr a mesma prova duas vezes no mesmo dia.
E obviamente ele vai correr a São Silvestre no próximo dia 31 de dezembro.
E obviamente ele não vai fazer do jeito normal.
A corrida que é de 15 quilômetros, e Júnior vai fazer 42 quilômetros.
Uma maratona para fechar o ano.
"A ideia é começar às 4 da manhã, fazendo o circuito inverso, em vez de subir a Brigadeiro eu vou descer, em vez de descer a Pacaembu eu vou subir. Aí chego na Avenida Paulista e começo o segundo ato, que é descer a Consolação e fazer o circuito antigo. E quando eu chegar na Paulista de novo, subindo a Brigadeiro, aí eu começo a corrida com todo mundo", desenha com as palavras.
Para se preparar para o último dia do ano, são 50 quilômetros por semana nos treinos.
Achou doideira?
Só não vai dizer que ele não consegue.
"Eu tive condromalacia patelar (desgaste na cartilagem) nos dois joelhos. Fui em dois médicos e os dois disseram que eu nunca iria correr uma maratona na minha vida. Aí eu fui no terceiro, que era do esporte, e ele disse: "Você vai correr sim". Seis meses depois eu consegui correr minha primeira maratona", recorda.
E o que você fez com a primeira medalha que ganhou?
"Eu voltei no médico e disse que ele nunca pode desestimular uma pessoa, fazê-la desistir de um sonho".
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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