Brasil sofre com passe, é derrotado pela Argentina e decide vaga na semi do Pan contra Estados Unidos.
Oposta hermana tem bela atuação, faz 26 pontos e é o principal destaque no clássico.
Faltou passe.
Com apenas essas duas palavras dá para definir a atuação do Brasil contra a Argentina na segunda rodada dos Jogos Pan-Americanos.
Argentina passou pelo Brasil. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
A recepção já tinha sido um problema contra Porto Rico na estreia, mas, contra um time mais qualificado tecnicamente, a derrota foi inevitável.
As hermanas ainda contaram com um dia abençoado da oposta Fresco que fez 26 pontos, com uma eficiência de 59% no ataque, e que foi o principal destaque da vitória por três sets a zero (25/23, 25/19, 25/23).
O resultado coloca o Brasil em situação complicada no grupo.
No Pan, o número de sets vencidos influencia diretamente na pontuação.
A seleção aguarda o resultado de Estados Unidos contra Porto Rico, que acontece ainda nesta quinta -feira (8) para saber exatamente sua situação.
Mas o mais provável é que no último jogo da fase de grupos, contra os Estados Unidos o Brasil entre pressionado não só a vencer, como também a não perder dois sets para ir à semifinal.
A partida entre Brasil e Estados Unidos será nesta sexta-feira (9), às 15 horas (horário de Brasília).
Com duas vitórias em dois jogos, a Argentina já está virtualmente classificada.
Enfrenta Porto Rico também nesta sexta-feira (9), às 17 horas (horário de Brasília).
Lorenne não teve atuação de gala, mas foi bem.
A oposta foi o grande desafogo do time em meio a tantos erros de passe.
Terminou a partida com 18 pontos.
Mara foi bem no ataque, mas faltou consistência no bloqueio.
A meio terminou o jogo com 10 pontos.
O grande destaque da partida foi a oposta argentina Fresco, que fez 26 pontos.
Assim como na estreia contra Porto Rico, o Brasil começou o jogo errando demais no passe.
Sem muita dificuldade, a Argentina abriu 6 a 3.
Só que as hermanas também tinham seu calcanhar de Aquiles na recepção.
E um bem conhecido.
A ponteira Elina, que jogou a última temporada da Superliga pelo Barueri, time de Zé Roberto.
Foi caçada no saque brasileiro.
A tática surtiu efeito.
Em bola de segunda de Macris, a seleção empatou em 6 a 6.
O Brasil chegou a abrir três pontos (9 a 3).
Mas os incontáveis erros de passe continuavam.
Macris tentava se virar para armar as jogadas.
Sem poder acionar as meios e com as ponteiras pontuando pouco, a levantadora passou a apostar muito em Lorenne, que estava bem na partida.
O problema é que do outro lado a oposta argentina também estava muito bem.
Fresco era a válvula de escape hermana.
E foi ela quem empatou a parcial (14 a 14) e colocou seu time em vantagem (19 a 16).
O Brasil reagiu na boa sequência de saques de Mara (22 a 22).
Mas voltou a errar no passe e a Argentina fechou em 25 a 23.
A segunda parcial começou como um resumo da primeiro.
O Brasil errando passes em sequência, Fresco garantindo os pontos argentinos e Lorenne sendo a válvula de escape da seleção.
No primeiro tempo técnico, as hermanas tinham aberto quatro pontos (8 a 4).
Mesmo errando alguns ataques também, a Argentina seguia se aproveitando dos erros brasileiros.
Fresco em mais um ataque fez 17 a 12.
A oposta tinha nesse momento já 17 pontos no jogo e um incrível aproveitamento de ataque de 72%.
Paula Burgo entrou bem na inversão 5-1 e num bom saque Lara, parecia que a seleção iria reagir, mas a Argentina soube administrar e levou o set: 25 a 19.
O terceiro set começou, de novo, com erro de passe do Brasil.
Só que dessa vez, Fresco retribuiu a gentileza e atacou para fora.
Num ace de Macris, a seleção abriu uma pequena vantagem (7 a 5).
Mas em um saque bem alto, Natinha e Maira deixaram uma para a outra e Argentina empatou de novo (8 a 8).
Zé colocou Tainara no lugar de Lana em quadra, mas foi Lara quem fez o que parecia impossível: bloqueou Fresco e o Brasil voltou a abrir (11 a 8).
Mais uma vez, Paula entrou bem na inversão 5-1.
Com dois pontos seguidos dela, o Brasil abriu cinco pontos de vantagem (16 a 11).
Parecia que a seleção estava com o set na mão.
Mas tomou mais dois pontos em erros de passe e o rival encostou (17 a 16).
Em um toco de Herrera em Lorenne, a Argentina empatou (20 a 20).
As Hermanas viraram em um erro de Lorenne no ataque e aumentaram no ataque de Fresco (24 a 22).
Coube à Elina fechar o set e o jogo em 25 a 23.
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário