Seleção de vôlei quase é eliminada do Pan, mas vira contra os Estados Unidos e está na semi.
Seleção só precisava ganhar um set para seguir no torneio, mas trava nas duas primeiras parciais e quase fica fora da competição.
Cuba será o adversário da semifinal.
Lucas Loh pontou contra os americanos. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
A seleção masculina de vôlei entrou para o jogo contra os Estados Unidos com a classificação para as semifinais praticamente garantida.
Não era nem preciso vencer o jogo.
Se ganhasse um set, o Brasil avançaria.
Pra melhorar, a equipe começou os dois primeiros sets muito melhor do que os americanos.
Mas, no meio das parciais, o time parecia entrar em choque e simplesmente cometia erros atrás de erros permitindo a reação americana.
Pressionada, a seleção reagiu e conseguiu não só vencer o terceiro set para garantir a classificação, mas também virar o jogo para 3 sets a 2 (23/25, 21/25, 25/17, 25/19, e 15/9) e terminar em primeiro no Grupo B.
Os Estados Unidos estão fora da competição.
O jogo valendo vaga na final será contra Cuba, que terminou em segundo no Grupo B.
A partida será neste sábado (3), às 20h30 (horário de Brasília).
O Chile enfrenta a Argentina um pouco depois, às 22h30 (horário de Brasília).
Vencedores dos duelos fazem a decisão no domingo (4), às 23 horas (horário de Brasília).
A medalha de bronze será disputa pelos perdedores das semis às 20 horas (horário de Brasília).
Muito regular, Lucas Loh foi o grande destaque do lado do Brasil no início do jogo.
O ponteiro era eficiente no ataque e no passe.
Terminou a partida como maior pontuador, com 19 pontos.
Kadu, que entrou no lugar de Rodriguinho, também teve muito boa atuação (15 pontos), assim como o líbero Rogerinho.
Pelo lado americano, Kyle Ensing foi bem, ajudando muito na defesa e no ataque.
Lucas Loh começou o jogo com tudo.
Com bons ataques e uma boa passagem no saque, ajudou a seleção a abrir 9 a 5.
Parecia que o Brasil ia levar o set até de forma tranquila.
Mas o time parou.
Abouba tomou três tocos, Sander fez bons saques, e os americanos viraram para 13 a 11.
Os Estados Unidos jogavam soltos e o Brasil não conseguia diminuir.
Marcelo Fronckowiak fez a inversão 5-1, com Carísio e Felipe Roque, mas não teve jeito: 25 a 23.
O segundo set começou parecido com o primeiro, com uma atuação muito boa de Lucas Loh.
O ponteiro chegou rapidamente aos oito pontos, com uma impressionante eficiência de 78% no ataque.
Faltava era eficiência geral no saque.
O Brasil errava tanto no fundamento que o técnico Marcelo Fronckowiak reclamou disso no pedido de tempo.
E bastou o saque passar da rede, que o Brasil abriu com tranquilidade até fazer 11 a 6 em um grande rally fechado por Abouba.
Mas, mais uma vez, a seleção pareceu sofrer um apagão.
Erros após erros e os Estados Unidos igualaram o set em 13 a 13.
Honorato entrou no lugar de Lucas Loh e tomou dois tocos: 15 a 14 para os americanos.
Com Carísio e Felipe Roque em quadra, o Brasil buscou uma reação, mas Ensing passou a varrer o fundo de quadra e nada caía.
Os Estados Unidos fecharam o set em 25 a 21 e colocaram a pressão toda pro outro lado.
Para o Brasil, era vencer o set ou dar adeus aos Jogos Pan-Americanos.
Mais uma vez, o Brasil abriu o set bem.
Em erro de Sander, que invadiu para atacar a pipe, a seleção fez 8 a 3.
Quando os Estados Unidos ameaçaram reagir, Kadu entrou no lugar de Rodriguinho.
E o ponteiro foi bem, ajudando a manter a vantagem em três pontos em um ataque (13 a 10).
Lucas Loh sacou curtíssimo, a bola parecia que não ia passar, mas bateu na rede e caiu no lado americano dando margem no placar ainda maior (16 a 11).
E, desta vez, não teve apagão.
O Brasil seguiu jogando bem e, em invasão do bloqueio dos Estados Unidos, fechou a parcial e garantiu a classificação em 25 a 17.
Ufa, vaga garantida!
A pressão estava de volta ao lado americano.
Para eles, era ganhar ou ganhar.
O Brasil queria vencer o set para garantir o primeiro lugar do grupo.
E, adivinha?
Mais uma vez foi o Brasil que saiu bem na frente.
Abouba em bom contra-ataque botou a seleção com cinco pontos de vantagem (12 a 7).
Com Kadu e Rogerinho muito bem no set, o Brasil foi cadenciando o jogo.
Os jogadores americanos, nervosos, erravam mais e facilitavam a vida brasileira.
Thiaguinho bloqueou Wieczorek e a seleção abriu 22 a 16.
Aí foi só administrar até fechar em 25 a 19.
Com o primeiro lugar garantido, Marcelo Fronckowiak decidiu poupar Abouba e dar chance para Felipe Roque.
O oposto marcou no 6 a 5 e pressionou Sander que errou na sequência e deu dois pontos de vantagem para o Brasil (7 a 5).
Jogando solto, o Brasil apresentou um vôlei muito bom na reta final.
Os americanos não conseguiam controlar o nervosismo e, num ataque de Kadu, a seleção fechou em 15 a 9.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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