Era jogo de estreia na Ligas da Nações, contra o forte time da Sérvia, que jogava em casa.
Mas com uma atuação convincente, a seleção brasileira pareceu não se importar com nada disso.
Regular em todos os fundamentos, com destaque para o bloqueio que fez 10 pontos, o Brasil se impôs em quadra e venceu por 3 sets a 0, parciais de 25/22, 25/22 e 26/24 .
Wallace foi o maior destaque individual da partida. O oposto fez 17 pontos (11 de ataque, 5 de bloqueio e 1 de saque).
O técnico Renan Dal Zotto surpreendeu na escalação inicial.
Brasil passou pela Sérvia. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Murilo, dono de duas pratas olímpicas jogando como ponteiro, entrou como titular fazendo sua estreia como líbero da seleção em jogos oficias.
O restante da equipe foi a mesma que conquistou o ouro nas Olimpíadas de 2016: Bruninho, Wallace, Maurício Souza, Lucão, Lipe e Maurício Borges (que jogou no lugar de Lucarelli, que se recupera de lesão).
O Brasil volta à quadra neste sábado, contra a vice-campeã olímpica Itália.
No domingo (27), às 11 horas (horário de Brasília) a seleção encara a Alemanha.
O primeiro set começou equilibrado, mas a superioridade no ataque deu pequena vantagem à Sérvia no primeiro tempo técnico: 8 a 6.
Não demorou para o Brasil igualar em uma jogada de craque de Wallace.
A Sérvia foi obrigada a passar a bola de graça e o oposto da seleção levantou de primeira para Lipe bater sem bloqueio, surpreendendo o rival.
Num bonito ace de Lipe, o Brasil abriu dois pontos de vantagem (13 a 11).
O ataque da Sérvia continuou efetivo (foram 14 pontos na parcial, contra 12 do Brasil), principalmente com o oposto Atanasijevic, que fez seis pontos. Mas a seleção compensava nos outros quesitos, principalmente no bloqueio (foram 2 pontos contra nenhum da Sérvia) e na defesa.
Aos poucos, a regularidade brasileira foi dificultando o jogo sérvio.
Com muitos erros, os europeus facilitaram o trabalho da seleção, que fechou a parcial em 25 a 22 em bonito ataque de Wallace pela entrada.
O Brasil voltou com a mesma formação para o segundo set, que começou bastante equilibrado.
Se Lucão fazia um ace para o Brasil, Kovacevic respondia também com o saque certeiro pela Sérvia. Atanasijevic virava para a Sérvia, Wallace respondia para o Brasil.
E nesse ritmo, mesmo quando alguma seleção abria dois pontos, logo a outra igualava.
E o jogo foi assim até Ivovic chegar ao saque. Com uma pedrada, ele abriu 11 a 9 para a Sérvia.
Depois, com mais um bom saque, quebrou o passe do Brasil e facilitou para o bloqueio parar Wallace e a Sérvia abrir 3 pontos.
Aos poucos, o Brasil foi tirando a diferença.
Wallace, muito bem no jogo, igualou a partida com bonito ataque na paralela: 15 a 15.
E foi o oposto que parou Mijailovic no bloqueio e garantiu vantagem de dois pontos ao Brasil no 21 a 19.
Num saque para fora do próprio Mijailovic, o Brasil fechou o segundo set: 25 a 22.
O terceiro set começou com a seleção solta em quadra e os sérvios um pouco mais tensos.
Isso ficou claro quando Ivovic teve uma bola de xeque sozinho e bateu para fora.
Logo em seguida, o Brasil abriu dois pontos de vantagem em um rali cheio de defesas de ambas as partes até Maurício Borges colocar no chão e abrir 6 a 4.
Aos poucos, a Sérvia começou a arriscar mais no saque e dificultou a recepção da Seleção.
Num ace de Ivovic, o time europeu abriu 14 a 12.
Já o Brasil fez o inverso: forçava menos no saque, apostando na relação bloqueio/defesa.
A estratégia deu certo.
A defesa garantia os contra-ataques e Wallace parou Ivovic para fazer 19 a 16.
O oposto brasileiro, aliás, estava tão bem no jogo que até de toque fez ponto, em uma bola levantada mais atrás.
A Sérvia reagiu e empatou o jogo em bloqueio de Lisinac em Lipe: 20 a 20.
O ponteiro brasileiro respondeu no saque.
Com um ace, colocou a seleção de novo na frente no 22 a 21.
A Sérvia teve o primeiro set point, mas Wallace colocou no chão e igualou.
Na sequência, foi a vez do Brasil fazer ponto em erro sérvio num rali disputado.
Num ace de Bruninho, o Brasil fechou: 26 a 24.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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