Era preciso um pouco de paciência, disseram todas depois do tropeço na estreia.
Ainda mais contra o Japão, conhecido por defesas quase impossíveis.
Pois o Brasil soube esperar.
Nesta quarta-feira (16), no ginásio José Corrêa, em Barueri, o time não foi perfeito, mas foi eficiente.
Em 3 sets a 1, parciais 22/25, 25/18, 25/23 e 25/11, bateu a equipe asiática e chegou à primeira vitória na Liga das Nações.
Depois de um jogo muito ruim no dia anterior, o Brasil evoluiu nesta quarta.
Com Adenízia e Amanda de titulares, a equipe mostrou um desempenho mais consistente contra as japonesas.
Apesar de alguns erros ainda primários, soube se impor diante das rivais asiáticas, estas, sim, bem aquém do que todos estão acostumados a ver.
Adenízia foi fundamental na vitória do Brasil sobre o Japão. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
"Foi uma vitória importante. Foi um tempo curto, mas o time conseguiu absorver bem essa derrota. E hoje jogou melhor. Acho que precisávamos disso, dessa mudança de comportamento, para poder ter mais volume. Ainda mais em um jogo difícil como esse. Jogar contra o Japão é sempre muito complicado. Time baixo, mas tecnicamente muito bom", disse Zé Roberto após o jogo.
O grande destaque da partida foi Tandara.
A oposta, que terminou o jogo com 25 pontos, deu trabalho às japonesas, que pouco conseguiram fazer.
Adenízia, com 15, foi outra peça importante do time, assim como Amanda, bem mais à vontade do que na estreia.
Atenção desde o começo: Foi um começo mais ligado.
Diante de um rival complicado, o Brasil tentou se manter atento desde o início.
Zé mandou o time à quadra com mudanças: Adenízia no lugar de Carol; Amanda na vaga de Drussyla.
A seleção tentou se firmar contra as japonesas desde o princípio e não demorou a abrir três pontos de vantagem.
Aos poucos, porém, as asiáticas equilibraram o jogo.
Passaram à frente pela primeira vez depois de erro de Roberta, com uma largadinha na rede: 18/17.
Zé Roberto pediu tempo.
Nada, porém, fez o Brasil voltar à dianteira.
No fim, 25/22 para as visitantes.
Na volta à quadra, Zé tirou Gabi mais uma vez, na tentative de preserver a jogadora.
Deu lugar a Drussyla, que começou bem.
Assim como na etapa inicial, o Brasil largou na frente e abriu três pontos (9/6).
Mas, ao contrário da parcial anterior, a seleção não deu brechas para que as rivais encostassem.
Abriu seis pontos (17/11) e não deixou mais dianteira.
No bloqueio de Bia, fechou a contagem: 25/18.
O Japão voltou a incomodar no início do terceiro set.
Ao abrir 3/1, causou problemas para o setor defensivo do Brasil.
Sarina Koga era quem mais dava trabalho.
A seleção foi buscar e chegou à virada com Tandara: primeiro, em uma pancada; depois, com um ace (8 /7).
O equilíbrio foi mantido até a reta final da parcial.
Roberta, em ace, desempatou o jogo quando estava 20/20.
O Japão ainda pressionou no fim, mas Adenízia fechou a conta: 25/23 e vantagem para as brasileiras na partida.
No set final, o Brasil quis resolver o jogo na marra. Logo de início, disparou no placar e abriu 10/3.
Japão até tentou reagir.
Não conseguiu.
A distância ficou cada vez maior, e Zé Roberto ainda se permitiu a um teste.
Jaqueline, em sua estreia como líbero na seleção, entrou com o placar em 22/10.
Pouco tocou na bola, mas fez a alegria da torcida em Barueri.
No fim, Amanda fechou a conta: 25/11.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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