Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco perdem menos com estádio fechado.
Clubes amargam prejuízo alto quando há poucos torcedores.
Desejo da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), o retorno limitado de público deve comprometer ainda mais as finanças dos times carioca, especialmente Botafogo e Fluminense.
As duas equipes amargaram forte prejuízo em 2020, mesmo com a presença dos torcedores.
Os números só foram amenizados quando eles puderam contar com as arenas cheias.
Pelos dados informados nos borderôs dos jogos, que não consideram os ganhos das equipes com sócio-torcedor, o Fluminense ficou com prejuízo de R$ 1,7 milhão em 2019, a considerar apenas o Campeonato Brasileiro.
O rival Botafogo não ficou muito na frente, com déficit de R$ 1,4 milhão nas contas das partidas.
Atualmente, sem público, o prejuízo também é grande.
Na partida contra o Corinthians, neste ano, o Fluminense jogou no Maracanã, sem público, e teve que arcar com R$ 181 mil.
O número assusta, mas em oito rodadas de 2019 o time teve que arcar com um valor superior a esse.
No pior dos cenários, arcou com R$ 375 mil, em partida com 11 mil pessoas no Maracanã, contra o Santos.
Os gastos altos estão atrelados ao aluguel do Maracanã, de R$ 90 mil, e, principalmente, às despesas operacionais do estádio, de R$ 252 mil, que dificilmente serão amenizadas no período de retorno do futebol com a capacidade reduzida dos estádios em 30%.
Neste ano, contra o Corinthians, o aluguel ficou em R$ 30 mil e as despesas em R$ 52 mil.
A situação do Fluminense só é suavizada em jogos grandes.
O time, por exemplo, faturou R$ 800 mil em 2019 ao mandar a partida, também contra o Corinthians, em Brasília.
Lucro apareceu com partidas em que a capacidade excedeu os 30%.
Foi o caso do jogo contra o CSA, com 25 mil pessoas no Maracanã, em que o time embolsou R$ 52 mil.
Defensora do público nos estádios, a FERJ, não teve prejuízo em nenhuma oportunidade porque tem direito a porcentagem na renda bruta, e não líquida.
Durante o Brasileirão de 2019, a entidade faturou quase R$ 4 milhões com a fatia sobre os clubes cariocas.
A entidade passará a receber necessariamente mais.
Mas, para os clubes, é melhor portão fechado do que poucos torcedores espalhados nas arenas.
Reportagem: Maquinadoesporte.com.br
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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