Capitão da Armênia é convocado para a guerra contra o Azerbaijão.
Zagueiro Varazdat Haroyan cancela transferência para o futebol grego e retorna ao país-natal para ser incorporado pelas forças armadas que lutam na região de Nagorno-Karabakh.
O conflito entre Armênia e Azerbaijão na região separatista de Nagorno-Karabakh fez com que o zagueiro Varazdat Haroyan, capitão da seleção da Armênia, deixasse o futebol e fosse para o campo de batalha.
Como outros homens com menos de 40 anos, ele foi convocado pelo exército de seu país.
Por causa disso, ele não concluiu a transferência para o Athlitiki Enosi Larissa, da primeira divisão da Grécia.
O clube anunciou na terça-feira que a negociação foi cancelada pela ida de Haroyan para o confronto.
O Larissa inclusive divulgou uma mensagem do empresário de Haroyan, Alexis Kouyias, explicando a situação do jogador.
O agente afirma que o atleta está "impossibilitado" de viajar para a Europa, e mostra preocupação com as proporções da guerra.
Hoje com 28 anos, o defensor já disputou 51 jogos internacionais pela seleção da Armênia.
No momento ele estava sem clube, depois de sair neste mês do Ural Ecaterimburgo, da Rússia.
Na ultima temporada ele foi utilizado em 20 partidas, marcou um gol e deu duas assistências.
Dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas desde o início da atual onda de violência que eclodiu no domingo (27) em Nagorno-Karabakh, também conhecida como Artsakh.
Com a escalada militar, os dois países declararam lei marcial, ou seja, ambos os governos preparam as populações para uma possível guerra.
Se o conflito evoluir para uma guerra, pode atrair as grandes potências regionais Rússia e Turquia. Moscou tem uma aliança de defesa com a Armênia, enquanto Ancara apoia o Azerbaijão.
Por isso, os combates, considerados os mais violentos desde 2016, provocaram inquietação internacional e levaram ONU (Organização das Nações Unidas), Rússia, França e Estados Unidos a pedir um cessar-fogo imediato.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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