Na reabertura do Maracanãzinho, Brasil freia evolução e volta a cair para os Estados Unidos.
Em noite de muitos erros e poucos acertos, seleção se mostra instável e fecha série de amistosos contra americanas sem uma vitória sequer.
Último compromisso antes de Mundial é o Torneio de Montreux.
A memória ainda parecia ecoar em cada canto do ginásio.
A lembrança amarga da última partida no Maracanãzinho, na queda na Olimpíada do Rio, se mantinha viva, mesmo dois anos depois.
Na reabertura de um dos maiores templos do vôlei nacional, a seleção brasileira pareceu sentir o peso de antigos problemas.
Neste sábado, o Brasil voltou a apresentar altos e baixos e caiu pela quarta vez seguida diante dos Estados Unidos: 3 sets a 1, parciais 25/23, 25/18, 26/24 e 25/13.
A noite ainda ficou marcada pela homenagem aos dez anos da conquista do ouro olímpico em Pequim.
Brasil teve problemas contra americanas. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Em quatro amistosos contra as americanas, a seleção mostrou avanços, mas também muitos detalhes a acertar rumo ao Mundial.
A equipe, que vai em busca do título inédito no Japão, ainda deve ganhar os reforços de Fernanda Garay, Natália e Suelen. José Roberto Guimarães, porém, terá trabalho para dar volume de jogo ao time.
A equipe volta à quadra para o Torneio de Montreux, na Suíça, entre os dias 4 e 9 de setembro.
De lá, o time segue para a disputa do Mundial, no Japão, a partir de 22 de setembro.
No embalo dos testes, as mudanças seguiram. Roberta voltou ao posto de titular, assim como Bia.
Talvez ainda com a homenagem às campeãs olímpicas na cabeça, a seleção entrou em quadra com o ritmo lento.
Aos poucos, porém, acelerou.
Em uma boa sequência, tomou a frente das americanas e pulou para 11/9 no placar.
Era um jogo equilibrado, porém.
As americanas voltaram à liderança, mas, assim como as rivais, não conseguiram descolar.
Quando o Brasil parecia caminhar para a vitória, aconteceu o oposto.
As visitantes voltaram à dianteira e fecharam o set: 25/23.
O Brasil tentou não se abalar. Na volta à quadra, as duas seleções seguiram com um jogo equilibrado.
Na marra, o Brasil abriu 8/5.
Kiraly, percebendo o momento ruim do time, parou a partida.
As americanas fizeram quatro pontos em sequência e passaram à frente.
Os erros ainda aconteciam do lado brasileiro.
Mas, na vontade, o time de José Roberto Guimarães conseguiu reagir.
Na reta final, abriu vantagem e não permitiu mais a chegada das rivais: 25/18.
Na volta à quadra, uma mudança. Bia, que fazia seu melhor jogo na série de amistosos, sentiu muitas dores no ombro, depois de pontuar no fim da parcial anterior.
Carol, então, foi para o jogo.
Os Estados Unidos voltaram melhores.
Em um novo erro na recepção, Drews teve duas chances para marcar 12/8 no placar.
Zé Roberto parou a partida mais uma vez. Tentou arrumar a casa, e conseguiu.
Quando a diferença caiu para apenas um ponto, foi Kiraly quem parou a partida.
O jogo voltou a ficar equilibrado.
Na reta final, o Brasil ainda teve um set point, mas permitiu a virada: 26/24.
Os erros no fim do set anterior parecem ter abalado o time.
Nada funcionou no set final.
Melhor desde o início, o time americano dominou toda a parcial.
Sem condições de reagir, a seleção ruiu diante dos próprios erros: 25/13.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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