O Flamengo é o dono da marca mais valiosa do futebol brasileiro em 2017.
Um estudo realizado pela empresa de consultoria e auditoria BDO destacou que o Rubro-Negro está avaliado em R$ 1,6938 bilhão, seguido por Corinthians, com 1,5935 bilhão e Palmeiras, com 1,1239 bilhão.
Flamengo tem a marca mais valiosa do país. (Foto: SporTV.com) |
A avaliação tem 40 indicadores, sendo que os três pilares são: torcida (gama de consumidores), mercado (onde ele está inserido) e receita (tudo o que ele consegue reverter com a sua marca).
O patrimônio físico dos clubes não faz parte do estudo.
Desde quando a consultoria começou a fazer o estudo, em 2009, houve uma evolução das 40 principais marcas do futebol brasileiro.
Em 2017 chegou a R$ 10,26 bilhões. Mesmo assim, o último ano foi o de pior crescimento, com apenas 3%.
Pedro Daniel, que trabalha na BDO, destacou que times das Séries A, B, C e D fazem parte da análise.
Confira a avaliação individual de alguns dos clubes citados na pesquisa feita por Pedro Daniel:
Palmeiras: "Hoje o Palmeiras tem a maior arrecadação de patrocínio do país, tem a maior arrecadação de bilheteria do país, teve no ano passado a melhor média de público do país.
Foram vários indicadores que fizeram com que o Palmeiras crescesse mais do que os outros, proporcionalmente.
Não é só por conta de um patrocínio".
Flamengo: "O Flamengo, quando entrou a nova gestão, quis usar uma comunicação mais de mercado, de credibilidade e transparência. Isso é música no ouvido do mercado.
Toda marca quer estar atrelada ao desempenho, performance, tudo o que o futebol proporciona.
Se você tem algo com mais transparência, é a combinação perfeita para ficar mais atrativo comercialmente.
Vasco: "O Vasco está com uma receita muito menor do que os outros clubes.
Não só de marca.
Tem uma torcida pulverizada, que ele tem um pouco mais de dificuldade de atingir e de levar o seu produtor diretamente em loco.
O crescimento do contrato de televisão dele não acompanhou o dos outros grandes clubes.
Está em um mercado muito bem desenvolvido, mas não tão desenvolvido como o de São Paulo.
São 40 variáveis.
Nos últimos dez anos ele não acompanhou o crescimento dos seus concorrentes.
Sim, com certeza (ele tem um potencial maior de crescimento).
O Palmeiras é um exemplo claro disso.
Há três anos ele não competia com os três primeiros do ranking, ele competia com o quinto colocado.
Com a nova arena, com o patrocinador, sendo campeão, ele mudou de patamar.
Passou o São Paulo e é a terceira marca mais valiosa.
O Vasco tem que fazer um trabalho parecido porque ele tem uma torcida grande, mas ainda não consegue converter isso para que aumente o seu consumidor.
São Paulo: "Se você voltar três ou quatro anos, o São Paulo disputava o primeiro lugar com o Corinthians e Flamengo.
Era muito mais efetivo e eficiente que os principais concorrentes porque ele tinha uma torcida menor em termos absolutos, mas com uma grande propensão ao consumo.
Então, ele conseguia explorar o seu público.
Além do sucesso dentro de campo.
Quando o sucesso dentro de campo não veio, ele teve um pouco mais de dificuldade de converter isso.
Nos últimos três anos, dos cinco maiores clubes, foi o que mais perdeu em termos de marca.
O patrocinador não quer pagar mais tanto dinheiro para o clube, ele não fica mais tanto atrativo.
Isso é um ciclo vicioso de alguns clubes".
Chapecoense: "A Chapecoense foi o clube que mais cresceu proporcionalmente de todos.
Isso até mesmo antes do acidente, já era o clube que mais crescia em termos de marca.
Obviamente que no último ano potencializou ainda mais porque ganhou uma dimensão e um carinho no ano inteiro.
Hoje a Chapecoense é o segundo clube do país com mais seguidores internacionais.
Foi jogar com o Barcelona e ganhou uma notoriedade impressionante".
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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