O destino e suas peças.
Seis meses.
Metade de um ano foi tempo suficiente para Chapecoense mostrar ao mundo seu poder de recuperação.
O que aconteceu na noite desta segunda, porém, foi especial.
A mesma Arena Condá, o mesmo tempo chuvoso, e as lágrimas de exatos seis meses atrás deram lugar a sorrisos por uma vitória histórica.
Com o 2 a 0 sobre o Avaí, o clube deixou a indefinição sobre futuro pela alegria de um passado que aponta para liderança inédita do Campeonato Brasileiro após três rodadas.
Wellington Paulista e Reinaldo construíram o placar ainda na etapa inicial.
Quarenta e cinco minutos foram suficientes para mostrar o quanto um time é capaz de mudar em três semanas. Esqueça o equilíbrio da final do Catarinense.
A Chapecoense foi senhora da partida diante de um Avaí apático e refém de bolas longas que não surtiram efeito.
Sendo assim, as linhas a seguir tratam de apenas um time que jogou futebol.
Fosse pelos lados, como de costume, ou em chutes de fora, antes raros, o Verdão pressionou e abriu vantagem.
E a variação de jogadas foi refletida nos gols.
O primeiro saiu após pancada de longe de Luiz Antonio, que explodiu no travessão.
Arthur escorou no rebote e Wellington Paulista abriu o placar aos 16 minutos do primeiro tempo.
A Chape não parou, e 20 minutos depois ampliou com Reinaldo, que aproveitou mais uma bola ajeitada por Arthur e chutou rasteiro: 2 a 0, e foi pouco.
Com boa vantagem e diante de um adversário que praticamente não assustava, a Chapecoense diminuiu bem o ritmo na volta para o intervalo.
Até mesmo para poupar esforços Wellignton Paulista saiu logo no começo com fadiga muscular, o time da casa deu campo ao Avaí e passou a apostar nos contra-ataques.
Quase deu certo quando Arthur recebeu na frente de Kozlinski, mas cavou pênalti e recebeu amarelo.
A medida que o tempo passava, a neblina aumentava e o jogo ficava mais chato.
A Chape satisfeita com o resultado, o Avaí sem forças para reagir.
Apesar de cercar muito a área, o máximo que o Leão conseguiu foi a expulsão de Luiz Otávio pelo segundo cartão amarelo.
Três semanas depois, o campeão estadual lidera o Brasileirão, o vice começa sua luta contra o rebaixamento.
A vitória leva a Chapecoense aos sete pontos, ao lado de Cruzeiro e Corinthians, mas com vantagem no saldo de gols: 3 contra 2 dos rivais.
E a semana ainda reserva dois duelos decisivos com a Raposa: quinta-feira (1), às 21h30 (de Brasília), na Arena Condá, na volta das oitavas de final da Copa do Brasil 1 a 0 para os mineiros na ida e domingo (4), às 19 horas, no Mineirão, valendo a ponta da tabela do Brasileirão.
O Avaí, por sua vez, segue no Z-4, com um ponto, e recebe o Sport, domingo (4), 11 horas, na Ressacada.
Chapecoense e Avaí se reencontraram na Arena Condá 22 dias após a decisão do Catarinense, e as escalações iniciais mostram que quem não se iludiu com o Estadual se deu melhor.
Mesmo campeão, o Verdão mudou muito a equipe.
Jandrei, Apodi, Victor Ramos e Seijas entraram nas vagas de Artur Moraes, João Pedro, Grolli e Moisés Ribeiro Girotto voltou no lugar de Nathan, mas porque estava suspenso naquele domingo.
Já o Avaí não apresentou nenhuma novidade além da volta de Capa, também expulso no primeiro jogo.
Coincidência ou não, acabou dominado e derrotado.
A liderança do Brasileirão premia uma volta por cima importante da Chape.
Mais uma, por sinal.
Como virou hábito em 2017, o time deu a resposta após uma derrota emblemática.
Desta vez, o 4 a 1 para o Atlético Nacional, na final da Recopa.
Desde então, são cinco partidas de invencibilidade, com quatro vitórias consecutivas: duas pela Libertadores e duas pelo Nacional.
Baita volta por cima!
Chape na liderança da Série A. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Final, Chapecoense-SC 2 Avaí-SC 0.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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