Uma final improvável.
Assim pode ser considerada a decisão do Grand Prix entre Brasil e Itália, que será realizada às 8h30 (de Brasília) deste domingo (6) com transmissão ao vivo da Globo, SporTV e do GloboEsporte.com.
A seleção brasileira, comandada por José Roberto Guimarães, superou uma primeira fase inconstante, quase ficou fora das semifinais, mas fez uma partida excelente contra a Sérvia, vice-campeã olímpica, para chegar à final.
Já as italianas eliminaram a China, dona da casa e medalha de ouro na Olimpíada de 2016.
O Brasil busca sua décima segunda conquista na história do torneio, enquanto a Itália tenta o primeiro título.
"Tudo está valendo a pena, a gente volta da forma como foi, a gente vence a Sérvia, com as coisas saindo de acordo com a gente treinou.
Fiquei bem satisfeito com a semifinal, agora é esperar a final", disse José Roberto Guimarães, que comandou o Brasil em oito títulos.
A seleção brasileira sofreu para passar da primeira fase.
Bem inconstante, só foi conseguir a vaga entre as seis melhores equipes ao vencer os três jogos do último quadrangular, disputados em Cuiabá-MT.
Na fase final, o time começou com derrota por 3 a 0 para a China, depois bateu a Holanda, de virada, no tie-break e teve que torcer na última rodada.
As asiáticas precisavam passar pelas holandesas.
Foi no sufoco, saindo de 10 a 14 no tie-break, salvando quatro match points, para garantir o Brasil na semi.
"A gente passou tanta coisa neste Campeonato.
Eu queria muito estar nessa final e, com muito sacrifício, estamos aqui.
Estaremos firme e fortes na final.
Essa é a vida do atleta", disse Adenízia, campeã olímpica em 2012 e uma das mais experientes do time.
O elenco brasileiro do Grand Prix conta com apenas três campeãs olímpicas: Adenízia, Tandara e Natália.
Destaque do time nos últimos anos, Gabi, machucada, não foi chamada.
Após os Jogos do Rio, Fabiana e Scheilla disseram que não voltam mais para a seleção, enquanto Dani Lins, grávida, não pôde particiar deste Grand Prix.
Thaísa passou por uma cirurgia recentemente, enquanto Fernanda Garay pediu dispensa. Jaqueline pode voltar para o time no ano que vem.
"A gente em um novo ciclo, com meninas novas é mais difícil.
Esse time quase nunca jogou junto.
A gente ainda está se conhecendo, mas conseguimos provar para nós mesmos o que somos capazes. Estamos aí, em mais uma final de Grand Prix.
Que essa geração possa ser tão vitoriosa quanto a outra", disse Natália, uma das líderes do time atual.
A seleção italiana está renovada, com grande parte do elenco abaixo dos 25 anos.
Na Olimpíada do Rio, o time acabou eliminado ainda na primeira fase.
Neste Grand Prix, foram seis vitórias e três derrotas na primeira fase, depois, na fase final, caiu diante da Sérvia, mas bateu os Estados Unidos. Na semifinal, passou pela favorita China.
Neste Grand Prix, Brasil e Itália não se enfrentaram nenhuma vez.
Ano passado, porém, com times totalmente diferentes dos atuais, a seleção verde-amarela derrotou a Itália duas vezes por 3 a 1 na primeira fase do próprio Grand Prix.
Em 2014, no Campeonato Mundial, porém, as italianas venceram o Brasil na semifinal.
O Brasil conquistou os títulos do Grand Prix em 1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2013, 2014 e 2016, sendo o maior campeão da história do torneio.
Foi, ainda, vice-campeão em outras cinco oportunidades.
Meninas do Brasil a caminho de mais um título. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Estados Unidos, com seis conquistar, é o segundo maior campeão da história.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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