quinta-feira, 6 de julho de 2017

Segunda vitória brasileira

Era preciso vencer apenas um set. 

O clima ajudou e, sem o frio da estreia, o Brasil mostrou força e não demorou a garantir seu lugar nas semifinais da Liga Mundial. 

A seleção, porém, parece gostar de se complicar. 

Diante de uma Rússia apática, se mostrou instável em vários momentos. 

Ao alternar lances geniais com erros bobos, a equipe de Renan Dal Zotto ficou próxima da queda. 

Mas, com o apoio de 15 mil pessoas na Arena da Baixada, venceu os rivais por 3 sets a 2, parciais 25/18, 18/25, 25/19, 22/25 e 16/14, e ficou em primeiro lugar do grupo J1.

O adversário na semifinal depende do resultado do outro jogo desta quinta-feira (6). 

Com os EUA classificados, Sérvia e França brigam pela outra vaga na próxima fase. 

Líder do grupo J1, o Brasil encara o segundo colocado da outra chave nesta sexta-feira (7), às 15h05. 

No ataque de Maurício Borges, a bola resvalou nos dedos do bloqueio russo e foi para fora. 

O Brasil começou disposto a garantir logo a classificação. 

Wallace, com uma pancada, venceu o bloqueio russo pela primeira vez. 

Na sequência, Lucarelli precisou de duas chances para fazer o mesmo e abrir 4/1. 

Parecia fácil. 

Com um bom volume de jogo, defesa e ataque funcionavam em harmonia. Logo, a seleção já tinha 10/5 no placar.

Nem mesmo o bloqueio russo funcionava. 

Depois de bela defesa de Bruninho, a bola foi para Wallace, sem marcação, afundar na quadra rival. 

Àquela altura, o placar já marcava 13/7, para desespero do técnico Sergey Shliapnikov. 

Ainda assim, a Rússia conseguiu ensaiar uma reação. 

Foi por pouco tempo. Com tranquilidade, seleção garantiu a vaga na semifinal: 25/18.

Faltava buscar a liderança do grupo. Já eliminados, os russos queriam ao menos dar trabalho aos rivais. 

Melhores em quadra, os europeus largaram na frente no segundo set e abriram 8/4. Brasil diminuiu o o ritmo e passou a errar tudo o que não errou na parcial anterior. 

Renan, então, tentou a inversão 5x1. Wallace e Bruninho saíram, entraram Rapha e Renan Buiatti. Éder também entrou no lugar de Lucão.

A seleção cresceu e, aos poucos, conseguiu tirar a diferença no placar. 

A melhora do Brasil assustou a Rússia, que voltou a errar tudo o que tentava. 

A desvantagem, que fora de seis pontos, caiu para dois (12/10). 

A reação brasileira, porém, não foi suficiente para virar a parcial. 

Na reta final, os rivais voltaram a disparar e fecharam em 25/18.

Na volta à quadra, Renan desfez a inversão, mas manteve Éder no lugar de Lucão. 

A seleção abriu a contagem com um ponto de bloqueio, mas a Rússia logo virou para 3 a 1. 

Depois de um toque russo na rede, Renan pediu desafio. 

A demora foi ainda maior que nos outros dias, mas valeu. 

O ponto foi para o Brasil, que cresceu em quadra depois disso.

A atuação já não era tão boa quanto no primeiro set. 

Não tinha problema. 

Do outro lado, a Rússia se afundava em erros e abria as portas para a vitória brasileira. 

Com tranquilidade, a seleção fez 14/8. 

A Rússia, como no início da partida, ensaiou uma reação. 

O Brasil, porém, contava com uma tarde inspirada de Lucarelli e Maurício Borges. 

A liderança na chave chegou com a vitória por 25/19 na parcial.

No quarto set, a seleção russa voltou a se impor no início. 

Instável como em toda a sua sequência na Liga, o Brasil tinha problemas para encaixar seu jogo. 

Os rivais, então, abriram 13/7. 

A seleção tentou reagir. 

Otávio e Rodriguinho foram à quadra, e os donos da casa conseguiram encostar na reta final depois de ponto de Wallace (21/18). 

Não foi suficiente. 

No erro de saque do oposto, a Rússia fechou em 25/22 e forçou o tie-break.

Éder subiu alto e soltou o braço para abrir a contagem na parcial decisiva. 

A Rússia, porém, se manteve na briga. 

O Brasil tinha problemas, mas contava com a torcida para tomar a frente. 
Tarde de Lucarelli. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Depois de um vacilo quase infantil dos rivais, Lucarelli deu uma pancada na bola e fez 5/3. 

Mas o time da casa voltou a entregar o jogo para os russos, que abriram 10/8. 

A seleção brigou e conseguiu empatar em 12/12. 

Com um sofrimento desnecessário, fechou a partida em 16/14.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário