Brasil brilha no último segundo, bate Argentina e fatura título do Sul-Americano de basquete.
Seleção feminina de basquete comemora título, é obrigada voltar ao jogo por invasão de quadra antes do término do tempo, mas assegura vitória dramática sobre as anfitriãs, em San Luis.
A carga dramática que envolve Brasil e Argentina, em qualquer esporte, se fez presente na quadra de basquete, neste sábado, em San Luis (Argentina).
A seleção brasileira feminina conseguiu uma vitória heroica, por 69 a 68, na final do Campeonato Sul-Americano diante das donas da casa e faturou o título da competição.
A vitória, como sugere o placar, de fato, foi apertada.
Entretanto, houve um motivo a mais para aumentar a angústia da torcida brasileira.
Tainá Paixão anotou uma cesta a um segundo do fim, abriu dois pontos de vantagem, mas alguns integrantes da seleção, eufóricos, entraram na quadra antes do término, o que resultou em uma falta técnica a favor das "hermanas".
Foram alguns instantes de tensão até que a arbitragem concedesse o tiro.
Em ótima noite, Melisa Gretter converteu e reduziu a diferença para um ponto.
Na saída de bola, contudo, não houve tempo para reação.
Pela segunda vez no jogo, o Brasil comemorou o título, agora, sem qualquer questionamento.
Responsável pela cesta que garantiu o título, Tainá Paixão afirmou que o troféu é o primeiro passo rumo ao objetivo de disputar os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
"Estou muito feliz. Fizemos um bom trabalho no campeonato todo. Estou feliz pela última bola, mas o que valeu foi o contexto todo. A gente entrou nervosa, algo normal, era uma final. Tentamos manter a calma durante o processo do jogo e foi o que resultou no fim. A gente se estabilizou emocionalmente e no segundo tempo demos a volta por cima. Esse título representa o primeiro passo para o objetivo, que é Paris 2024", declarou à transmissão oficial do evento.
Quando o árbitro autorizou o início da partida, o Brasil demorou a pontuar - a primeira cesta só veio com mais de três minutos de tempo transcorrido.
A Argentina, ainda que não tenha disparado no placar, se manteve à frente o tempo todo e fechou em 20 a 15 o primeiro quarto.
A seleção brasileira seguiu atrás do placar no segundo quarto.
O melhor momento foi uma bela cesta de três assinalada pela armadora Alana Gonçalo, mas os oito pontos somados nesta parcial não foram suficientes para ultrapassar a Argentina: 31 a 23.
A pivô Vanessa Gonçalves, dona de sete pontos no duelo, era quem mais oferecia perigo.
No terceiro quarto, o jogo esquentou, e o Brasil deu sinais de que daria a volta por cima. Kamilla Cardoso converteu dois lances livres e, na sequência, o Brasil conseguiu uma cesta do meio da quadra.
A Argentina reagiu, mas, pela primeira vez nesta final, a seleção visitante demonstrou superioridade e passou à frente (41 a 40) pelas mãos de Leila Zabani.
As "hermanas", contudo, reagiram e viraram para 47 a 46.
Após o período mais equilibrado da partida, Brasil e Argentina se alternaram em termos de vantagem no placar.
Melisa Gretter anotou 57 a 54, mas Stephanie Soares emplacou sete pontos consecutivos e levou a seleção canarinho a 62 a 59.
A torcida argentina começou a cantar alto para empurrar as donas da casa, e o apoio surtiu efeito: Gretter arremessou para três pontos e igualou o placar.
A um minuto do fim, Brasil e Argentina empatavam em 65 a 65.
Leila Zabani, porém, converteu os lances livres e abriu dois pontos: 67 a 65.
A "hermana" Mungo deixou tudo igual.
Faltando um segundo, Tainá Paixão converteu uma cesta espetacular, 69 a 67, e comemorou a vitória.
A arbitragem apontou uma invasão à quadra por parte da delegação canarinho, a Argentina teve direito a um lance livre.
Melisa Gretter reduziu a diferença.
As donas da casa deram a saída de bola, mas não houve tempo suficiente para empatar e, diante da torcida adversária, as brasileiras fizeram a festa.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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