terça-feira, 3 de agosto de 2021

Americanos nas semifinais do Basquete masculino

Estados Unidos viram contra a Espanha e vão às semifinais no basquete masculino.

Atuais tricampeões olímpicos superam desvantagem de 10 pontos no segundo quarto e batem campeões mundiais nas quartas de final nas Olimpíadas de Tóquio 2020.

Não conte com o fim da hegemonia americana no basquete masculino ainda. 

Os Estados Unidos mostraram sua força ao vencerem a Espanha, atual campeã mundial, por 95 a 81 na madrugada desta terça-feira (3) em Saitama, e avançam às semifinais nas Olimpíadas de Tóquio 2020. 

Os atuais tricampeões olímpicos aguardam o vencedor entre Austrália ou Argentina para definir quem segue à disputa do ouro.

Atual campeã mundial, a Espanha era favorita a medalhas, mas uma derrota inesperada para a Eslovênia na fase de grupos antecipou o confronto que muitos esperavam ver na final olímpica. 

Os europeus mostraram toda sua solidez coletiva e chegaram a abrir 10 pontos de vantagem no jogo. 

Mas os americanos, mesmo com um time montado sem muitos de seus melhores jogadores, ainda tinham uma penca de All-Stars em quadra, incluindo Kevin Durant.

O craque do Brooklyn Nets, maior cestinha dos Estados Unidos em Jogos Olímpicos, somou mais 29 pontos para sua conta na carreira. 

As cestas de 3 do ala no final do segundo período romperam a tampa do aro para os tricampeões olímpicos, que terminaram com 41% de aproveitamento em bolas de longa distância após um início com apenas três acertos em 17 tentativas. 

Jayson Tatum acrescentou 13 pontos, Jrue Holiday fez 12 pontos, Damian Lillard marcou 11 pontos e Zach Lavine, 10 pontos.

Destaque especial também para Draymond Green. 

O ala-pivô do Golden State Warriors foi o estabilizador de uma defesa que vinha sendo engolida pelos pivôs e alas mais altos da Espanha. 

Os números não mostram, mas a disposição de Green para fechar as infiltrações e voltar para o garrafão foi chave para a reação americana. 

Sob sua batuta, os Estados Unidos forçaram 17 desperdícios de bola dos espanhóis, o que compensou a desvantagem nos rebotes.

Recentemente transferido para o Cleveland Cavaliers, Ricky Rubio foi o grande nome da Espanha. 

Cestinha da partida com 38 pontos, ele foi a única constante numa equipe que oscilou muito durante os 40 minutos. 

Sergio Rodriguez saiu bem do banco, com 16 pontos, e Wily Hernangomez marcou 10 pontos e 10 rebotes. 

O resto do elenco deixou a desejar.

Os americanos começaram melhor. 

A equipe tinha sucesso em negar os passes para o pivô no interior e saía em velocidade para aproveitar a defesa espanhola desarmada. 

A Espanha se mantinha por perto graças a Ricky Rubio, que batia de frente com Holiday para infiltrar e fazer bandejas. 

O jogador do Cleveland Cavaliers marcou 13 pontos no primeiro quarto. 

Os campeões mundiais mudaram a marcação para uma zona 3-2 na reta final que deixou os Estados Unidos confusos, e uma arrancada de 11 a 2 virou o placar para a Espanha, que terminou o primeiro quarto à frente por 21 a 19.

Lavine recolocou os Estados Unidos à frente com uma cesta de 3, e Sergio Rodriguez respondeu na mesma moeda. 

A partida ganhou ritmo intenso, com ataques rápidos e muitos chutes de 3 forçados nos dois lados. 

A diferença é que a Espanha tinha Wily Hernangomez, pivô de 2,09m, para recolher as bolas erradas no ataque e defender o aro na defesa. 

Ele pegou três rebotes ofensivos e deu três tocos numa arrancada de 10 pontos seguidos dos campeões mundiais, que levou a vantagem a dígitos duplos pela primeira vez.

Durant e Green voltaram à quadra e botaram ordem na bagunça americana. 

Enquanto Green segurava a barra no garrafão defensivo, ajudando os armadores e voltando para disputar rebotes com os pivôs, o superastro do Nets encontrou sua melhor pontaria no ataque. 

Os Estados Unidos montaram uma sequência de 10 a 2 para empatar o jogo em 43 a 43 antes do intervalo.

Kevin Durant marcou duas bolas de 3 pontos seguidas, e Booker converteu outra para levar os Estados Unidos a uma vantagem de oito pontos no terceiro período. 

Os espanhóis sentiram o bom momento americano e pararam de jogar coletivamente; Claver errou duas bandejas seguidas e ainda perdeu uma bola na infiltração. 

O treinador Sergio Scariolo sacou o ala e lançou três armadores em quadra, o que deixou a partida ao gosto dos Estados Unidos. 

A diferença foi a 16 pontos depois de uma sequência de 12 a 2 dos americanos.

Destaques do segundo quarto, Rodriguez e Hernangomez retornaram à quadra, e a Espanha voltou a trabalhar mais no corta-luz para forçar as trocas de marcação e as ajudas defensivas que abriam possibilidades. 

Os europeus fizeram uma corrida de 10 pontos e diminuíram a desvantagem para seis pontos antes do quarto derradeiro, 69 a 63.

A reação continuou no último quarto com uma bandeja de Garuba, antes de Lillard encerrar a sequência com uma cesta de 3. 

Ele marcou cinco pontos seguidos para iniciar sequência de 12 a 1 e levar de novo a vantagem a 14 pontos para os tricampeões olímpicos. 

A Espanha voltou a jogar com uma formação mais baixa para tentar conter as bolas de 3. 

Mas o acúmulo de desperdícios de posse no ataque dificultavam a reação. 

Durant voltou à quadra, e os americanos controlaram o jogo até o final.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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