segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Proposta na mesa

Santos tem proposta do Benfica por Lucas Veríssimo, mas depende do Conselho para concluir venda.


Zagueiro recebe proposta do Benfica, de Portugal, a pedido do técnico Jorge Jesus.

O Santos está perto de vender o zagueiro Lucas Veríssimo para o Benfica, de Portugal, mas a proximidade das eleições, marcadas para a primeira quinzena de dezembro, coloca um obstáculo à frente da negociação. 

A venda só pode ser concluída com o aval do Conselho Deliberativo.

Com proposta de cerca de 6 milhões de euros (R$ 39 milhões) em mãos, o presidente em exercício Orlando Rollo está seguindo os trâmites previstos no Artigo 91 do Estatuto Social do Santos, que diz:

"O Comitê de Gestão não poderá antecipar, nem comprometer as receitas ordinárias ou extraordinárias do SANTOS, por período superior ao do seu mandato, em benefício de sua gestão, nem comprar, vender ou emprestar qualquer direito federativo de atleta profissional nos últimos três meses anteriores ao término de seu mandato, sem prévia autorização do Conselho Deliberativo, mediante parecer favorável do Conselho Fiscal, sendo ineficaz o ato em contrário."

Depois de receber neste fim de semana a única proposta oficial por Lucas Veríssimo, Orlando Rollo iniciou discussões virtuais com o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal para avançar nas negociações com o Benfica. 

A janela de transferências de Portugal fecha nesta terça-feira (6).

Internamente, o negócio é visto como fundamental para as finanças do Santos. 

O clube precisa, com urgência, pagar o Hamburgo, da Alemanha, e o Huachipato, do Chile, para se livrar de duas punições na FIFA que o impedem de contratar novos jogadores e pode resultar em perda de pontos.

Por isso, Orlando Rollo tenta se acertar com todos os poderes, seguindo os trâmites previstos em estatuto, para que a possível venda de Lucas Veríssimo seja aprovada pelo Conselho Deliberativo. 

O negócio não deve andar antes disso.

Em 2016, o então presidente Modesto Roma Júnior conseguiu recuperar 70% dos direitos econômicos de Alison que tinham sido negociados com o BMG anos atrás sem a autorização do Conselho Deliberativo, infringindo as regras do Estatuto Social.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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